SILVIO DANIEL GÓMEZ SANCHIS
( Uruguai )
Nasceu e vive em Montevideu – Uruguai em 15 de janeiro de 1956.
É Presidente da instituição cultural Erato que centra sua atividade no Ateneu de Montevideu. Delegado cultural do Liceo Poético Benidorm, Espanha.
Embaixador do idioma espanhol pelo Museo de la Palabra de Madrid.
Recebeu premiações dos “Premios Destaque Victopria” nos anos 2015 e 2016.
Publicou seus livros de poesias “Destellos” (2013) e “Desde el alma” (2015) e seus livros de narrativas (contos curtos) “Despertar” (2016).
TEXTOS EN ESPAÑOL – TEXTOS EM PORTUGUÊS
I COLETÂNEA POÉTICA DA SOCIEDADE DE CULTURA LATINA DO BRASIL construindo pontes. Dilercy Aragão Adler (Organizadora). São Luís: Academia Ludovicense de Letras – ALI, 2018. 298 p. ISBN 978-85-68280-12-6 No 10 353
EL DÍA DESPUÉS
La humanidad se expande,
busca nuevos horizontes,
mejores mañanas…
Es hora de la calma.
Ya pasó cruenta la tormenta
y las armas callan,
los hombres razonan,
las mujeres oran,
los niños juegan
a que terminó la guerra…
Las nubes de humo se disipan
y los mares, solos, se depuran,
ya el aire puro se respira
sin necesidad de las máscaras de locura…
Ya saldrá el sol en la mañana
y otra vez se amarán el mar y la luna…
Es otro tiempo, un nueva era
un mundo idílico de amor y confianza,
de promesas mutuas con palabras sinceras…
No es un sueño que solo se sueña,
es un sueño que cristaliza en realidad y esperanza.
“No existe otra realidad
que la gran fuerza
que deambula y vaga
por la espiral del tiempo”
(Julio Pavanetti, de su libro:”La última curva del
dragón)
EL TIEMPO
Esa gran fuerza, como viento,
como esencia misma del cosmos,
como realidad única del universo
es como una mano que nos trae primero
para llevarnos después,
y así, entre manotazos invisibles,
implacables, inexorables,
vamos invadiendo los espacios, los cielos
y casi un darnos cuenta,
EL TIEMPO impertérrito y eterno,
solitario amo de lo que se mueve
y de lo que parece quieto
muestra con su poder omnipresente
quien es nuestro verdadero dueño…
Sí, esa gran fuerza es EL TIEMPO
que nos lleva al centro de si mismo
aunque jamás lo alcancemos
porque solos es idea, fantasía, cruel abismo…
LA HOJA EN BLANCO
La hoja en blanco se ríe de mis intentos,
me apabulla con su sarcástico silencio,
me encandila, vacía de letras, desde su seno de nieve…
Pero yo me vengo, la arrugo, la estrujo
y la arrojo con furia al atestado cesto…
Ella me mira, la veo sufrir sobre sus dobleces,
parece sangrar gotas blancas desde cada pliegue…
La tomo, la aliso y miro los mil dibujos
que como cicatrices marcaron su blancura…
Empiezo a escribir en la hoja llorosa
y veo que ahora las letras cobran vida, hacen solas,
algunas mayúsculas, otras minúsculas,
piezas desordenadas de un puzle de genial locura…
La hoja ya no es blanca, balan en ella signos azules
como notas,
suben, bajan, se mecen cual furibundas olas
que estallan en metáforas sobre su superficie herida,
y otra vez, como antes, nacen mis poesías como rosas
que se tatúan en los renglones invisibles de mi hoja
amiga…
LA MUERTE DARÁ VIDA ETERNA AL ALMA
Ya comienza la desigual batalla torpe de cada día,
la voz triste que habla del cansancio en la mañana.
Hasta los pasos se persiguen por la vereda de la nada…
(y se ausenta temerosa la poesía).
Una nueva guerra comienza esta madrugada,
el ayer queda lejano y la oscuridad avanza,
Ya no piso tierra pero tampoco agua,
(siento vacío de océano en la vereda misma de la nada).
Sí, mi apocalipsis personal nace en mí, se agiganta
y destruye hasta diluirlas a mis esperanzas…
Que lástima que estoy sin armas, sin coraza y sin tiempo.
Lástima el tedio y la ignorancia pero mas lastima el
misterio.
¿Existe otra vereda para transitarla, o solo mueren los
pasos perdidos
en el triste laberinto del ansia?
Miro hacia atrás y no veo nada, solo sabe mi boca a sal,
a un recuerdo parido en la primera ola de ese mar
sin delfines, sin leyendas y si agua,
vanos jardines sin rosas y si jazmines que regalen
fragancias…
Empieza mi última guerra esta mañana
donde la muerte vencerá a la vida… pero dará vida eterna
al alma…
MI CÁRCEL EL UNIVERSO
El dintel de la puerta me aprisiona.
El marco de la ventana me encarcela.
Los muros de mi casas me ahogan.
Los océanos, rodeándome, ame amenazan.
El mismo suelo me retiene sobre sí.
El cielo, encima, me limita el vuelo.
El mundo, cual celda, me contiene a pesar de mí.
Solo la imaginación se eleva
y desaparece en el infinito
hasta perderse en el misterio mismo.
Solo el pensamiento horada las tinieblas
y de lo desconocido se hace amigo…
y así, en fantásticos viajes me pierdo
para reencontrarme en mi asumida esclavitud luego…
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
O DIA DEPOIS
A humanidade se expande,
manhãs melhores...
É hora de calma.
A tempestade já passou
e as armas estão silenciosas,
os homens raciocinam,
as mulheres oram,
crianças brincam
desde que a guerra acabou...
As nuvens de fumaça se dissipam
e os mares, sozinhos, são purificados,
você pode respirar o ar puro
sem a necessidade das máscaras da loucura…
O sol nascerá pela manhã
e novamente o mar e a lua se amarão...
É outro tempo, uma nova era
um mundo idílico de amor e confiança,
de promessas mútuas com palavras sinceras…
Não é um sonho que só se sonha,
É um sonho que se cristaliza em realidade e
esperança.
“Não há outra realidade
que a grande força
que vagueia e vagueia
através da espiral do tempo”
(Julio Pavanetti, de seu livro:”La última curva del
dragón)
O TEMPO
Essa grande força, como o vento,
como a própria essência do cosmos,
como a única realidade do universo
É como uma mão que nos traz primeiro
para nos levar mais tarde,
e assim, entre tapas invisíveis,
implacável, inexorável,
estamos invadindo os espaços, os céus
e quase uma realização,
TEMPO destemido e eterno,
mestre solitário do que move
e o que parece ainda
mostra com seu poder onipresente
quem é o nosso verdadeiro dono...
Sim, essa grande força é o TEMPO
que nos leva ao centro de si mesmo
mesmo que nunca o alcancemos
porque por si só é uma ideia, uma fantasia,
um abismo cruel...
A FOLHA EM BRANCO
A página em branco ri das minhas tentativas,
ele me domina com seu silêncio sarcástico,
Deslumbra-me, vazio de letras, desde o seu seio de
neve...
Mas eu venho, amasso, aperto
e jogou-o com fúria na cesta lotada...
Ela olha para mim, eu a vejo sofrer por causa de suas dobras,
parece sangrar gotas brancas de cada dobra...
Eu pego, aliso e olho os mil desenhos
que como cicatrizes marcamos a sua brancura...
A página em branco ri das minhas tentativas,
ele me domina com seu silêncio sarcástico,
Deslumbra-me, vazio de letras, desde o seu seio
de neve...
Mas eu venho, amasso, aperto
e jogou-o com fúria na cesta lotada...
Eu pego, aliso e olho os mil desenhos
que como cicatrizes marcavam a sua brancura…
Ela olha para mim, eu a vejo sofrer por causa de suas
dobras,
Parece sangrar gotas brancas de cada dobra...
Eu pego, aliso e olho os mil desenhos
que como cicatrizes marcavam a sua brancura…
Começo a escrever na página chorosa
e vejo que agora as letras ganham vida, elas se fazem,
algumas letras maiúsculas, algumas minúsculas,
peças desordenadas de um quebra-cabeça de loucura
brilhante…
A folha não é mais branca, há sinais azuis nela como
você observa,
Eles sobem, caem, balançam como ondas furiosas
que explodem em metáforas em sua superfície ferida,
e novamente, como antes, meus poemas nascem
como rosas
que estão tatuados nas linhas invisíveis da minha
página amiga...
A MORTE DÁ VIDA ETERNA À ALMA
A batalha desigual e desajeitada de cada dia começa,
a voz triste que fala de cansaço pela manhã.
Até os passos são perseguidos pelo caminho do nada...
(e a poesia está terrivelmente ausente).
Uma nova guerra começa esta manhã,
O ontem está longe e a escuridão avança,
Já não piso a terra, mas a água também não,
(Sinto o vazio do oceano no próprio caminho do nada).
Sim, meu apocalipse pessoal nasce em mim, cresce
e destruir minhas esperanças até que elas se diluam…
Que pena que estou sem armas, sem armadura e sem
tempo.
É uma pena o tédio e a ignorância, mas dói mais
mistério.
Existe outro caminho para percorrê-lo ou só esses morrem?
passos perdidos no triste labirinto da saudade?
Olho para trás e não vejo nada, minha boca só tem gosto
de sal, a uma memória nascida na primeira onda daquele mar sem golfinhos, sem lendas e sem água,
jardins vãos sem rosas e jasmins que dão fragrâncias…
Minha última guerra começa esta manhãonde a morte conquistará a vida... mas dará a vida eterna para a alma...
MINHA PRISÃO O UNIVERSO
A verga da porta me aprisiona.
A moldura da janela me aprisiona.
As paredes das minhas casas me afogam.
Os oceanos, que me rodeiam, ameaçam-me.
O próprio terreno me mantém sobre si mesmo.
O céu acima limita meu vôo.
O mundo, como uma célula, me contém apesar de
mim mesmo.
Somente o pensamento perfura a escuridão
e o desconhecido se torna um amigo...
e assim, em viagens fantásticas eu me perco
para encontrar-me novamente em minha suposta
escravidão mais tarde...
*
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Página publicada em março de 2025.
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